A Amazônia reúne a maior parte da população indígena no Brasil, são aproximadamente 200 mil pessoas, 420 povos diferentes, 86 línguas e 650 dialetos. Ocupam uma área de 108 milhões de hectares, o que representa 21,5% da Amazônia Legal. Para se ter uma ideia da grandiosidade, a terra Yanomami localizada em Roraima e no Amazonas possui 25,7 mil indígenas, o que equivale a 5% do total de indígenas no país. As terras indígenas possuem um papel fundamental para garantir a proteção dos direitos e da identidade desses povos, cujos meios de vida possibilitam a manutenção da floresta e de seus recursos há tantas gerações.
Embora muitas tribos de etnias indígenas da Amazônia possuam contato com a cultura externa, elas ainda mantêm os principais aspectos de vida dos seus antepassados. Vivem da caça, pesca, extrativismo vegetal e agricultura. Os povos indígenas da Amazônia podem ser divididos em seis troncos linguísticos: Tupi, Aruaque, Tukano, Jê, Karib e Pano.
Uma das principais figuras nas tribos é o pajé; espécie de curandeiro, ele é também o sábio que conhece a cultura do povo e a transmite oralmente para os mais novos. É ele quem domina o contato com o mundo espiritual e faz os rituais religiosos, principalmente de cura.
Toda essa diversidade étnica e populacional dialoga com o manejo sustentável para a conservação da biodiversidade. Os povos e comunidades tradicionais da Amazônia encontram na caça, pesca e no extrativismo fonte de alimentação e renda. Além disso, alinham a esses modos de vida conhecimentos tradicionais que contribuem para a conservação do bioma e, assim, para a manutenção dos serviços ecossistêmicos. Essas populações domesticaram diversas espécies frutíferas da região o que reforça o potencial dessa atividade para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
A garantia e proteção dos territórios tradicionais são fundamentais para a manutenção das funções ecológicas do bioma e toda sua biodiversidade e para o desenvolvimento justo e sustentável. As práticas dos povos e comunidades possuem tradicionalmente uma lógica de manejo para a sustentabilidade, muitas vezes renegada pela sociedade, mas que vem se mostrando a alternativa mais viável para a sobrevivência da Amazônia.
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